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sexta-feira, novembro 23, 2012

Felicidade para a filosofia

"A felicidade consiste em ser o que se é", afirmava Erasmo de Rotterdam no Elogio da Loucura"... a felicidade é algo final e autosuficiente, é o fim a que visam as ações" Aristóteles

Desde a Antiguidade, muitos filósofos consideraram a felicidade como o fim último da vida humana. Muitos foram os tratados sobre o que é a felicidade, sobre os caminhos para encontrá-la. Somos felizes? Em que consiste a felicidade?
Aristóteles inicia o livro I da Ética a Nicômacos discorrendo sobre a finalidade das ações que praticamos: "Se há, então, para as ações que praticamos, alguma finalidade que desejamos por si mesma, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais, evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens. Não terá então uma grande influência sobre a vida o conhecimento deste bem?"(cap. 2).
Epicuro, na Carta sobre a Felicidade, afirma que "o prazer é o início e o fim de uma vida feliz", mas faz uma ressalva:
Quando dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é a ausência de sofrimentos e de perturbações da alma. Não são, pois, bebidas nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de uma mesa farta que tornam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos (Epicuro, 2002: 44-45).
Ser feliz é, muitas vezes, uma ideia associada a modelos previamente estabelecidos por nossa sociedade: o consumo desenfreado, a posse de objetos, dinheiro, fama, poder, status e o consumo de drogas lícitas ou ilícitasSe observarmos nossos modos de vida hoje, veremos o quanto investimos na busca da felicidade, na ausência do sofrimento, na anestesia para as dores da existência. Ser feliz é, muitas vezes, uma ideia associada a modelos previamente estabelecidos por nossa sociedade: o consumo desenfreado, a posse de objetos, dinheiro, fama, poder, status. Quanto mais temos, mais tememos perder. Quanto menos temos, mais infelizes parecemos ser diante desse modelo.
Necessitamos atingir os parâmetros estipulados por um modelo econômico/social? Nossa felicidade se resume a quanto podemos gastar? E quando não temos recursos para gastar? E quando gastamos muito e, ainda assim, não atingimos o que considerávamos ser um estado de felicidade?
Há uma forte tendência atual a buscar a felicidade em drogas ou medicamentos. Anestesias para os problemas da existência, felicidade artificial, encontrada em drogas lícitas ou ilícitas. Necessitamos desses recursos? Se minha infelicidade é fruto de um problema que não resolvi, uma droga que provoque um estado de torpor, ou de felicidade artificial resolverá o problema?
Este é o movimento de muitas pessoas hoje. Buscam entorpecer-se para esquecer o que lhes traz sofrimento, o que lhes perturba a existência. Com isso, deixam ao lado os problemas, que ali permanecem, exigindo doses das drogas ou dos medicamentos cada vez maiores, somente assim conseguem não enxergar o que lhes perturba. Quando as dores se tornam insuportáveis, uma opção, muitas vezes, é desistir. Assumir o fracasso da existência e esperar, com a derrota, a morte.
Das muitas formas de morte, aquela que faz os dias parecerem sem fim, aquela que nos impede de ser o que somos, a morte em vida, é extremamente dolorosa. Então, mais alguns medicamentos para suportar a espera do fim. É preciso viver desta maneira? Alguém opta, livremente, por esta forma de existência?
Poderia ser um caminho mais adequado buscar formas para solucionar as questões que nos incomodam, ainda que isso implique em algum transtorno, em um pouco de sofrimento, em algumas dores? Talvez seja dolorido afastar os erros, os enganos, as falsas opiniões. Talvez seja triste descobrir que algumas coisas não são como pensávamos que fossem. Mais triste talvez seja perceber que o que escolhemos como caminho não é bem como imaginávamos ser. O que fazer diante de situações dessa natureza? Como produzir vida em nós?
Há quem não queira ser feliz? Lembro de Elizandra, uma moça que atendi que se revoltava toda vez que alguém perguntava a ela se fazia terapia porque buscava a felicidade. Elizandra não queria, e não quer ser feliz. Ser feliz, diz ela, numa sociedade como a nossa, em que se morre de fome e de miséria, em que se vê a violência a toda hora, em cada esquina, é ser alienado. Eu não quero ser alienada. Prefiro morrer a ser feliz dessa maneira. Minha infelicidade me faz buscar, incessantemente, formas de transformar a sociedade. Elizandra envolve-se constantemente em ações sociais, tentando encontrar formas de transformar o quadro de violência e miséria em que vivemos. Assim ela se sente bem, mas não feliz, pois, para ela, se estivesse feliz, não precisaria mais buscar.
Seria Elizandra louca por não querer a felicidade? Ou seria doentio o modo de ser que encontra felicidade gastando no shopping? Como distinguir entre uma "loucura" a ser contida ou uma inquietação criativa, necessária à construção da pessoa? Até que ponto a busca por "restabelecer a normalidade" não é um impedimento, um entrave à construção de um modo de ser singular? Poderia um tratamento que pretende "restabelecer a normalidade" transformar-se em um processo de alienação, acomodando as inquietações e adaptando a pessoa a um modo de ser construído socialmente? Até que ponto esse modo de ser é saudável?
"A felicidade consiste em ser o que se é", afirmava Erasmo de Rotterdam noElogio da Loucura. Conhecer e respeitar aquilo que somos, as nossas necessidades, encontrar modos para exercer o que somos, pode ser um caminho saudável para a existência. Distante de padrões estipulados socialmente, longe da hipocrisia social que exige a anulação do que se é, como forma de ser, podemos valorizar tudo o que produz vida em nós. 

terça-feira, outubro 16, 2012

Filosofia O Pensamento

Filosofia O Pensamento Na Antiguidade, dizia-se que “O pensamento é o passeio da alma”, pois este era considerado uma atividade na qual saímos de nós mesmos sem sairmos de nosso interior. Em nosso cotidiano, usamos as palavras pensar e pensamento em sentidos variados, podendo se constituir em uma atividade solitária, invisível para nós e que precisa ser proferida para ser compartilhada, ou também se traduzir em sinais corporais e visíveis. Pensare deriva-se de pendere, e se caracteriza como uma atividade sobre idéias, opiniões juízos e pontos de vista já existentes, sendo por este motivo substituídos pelos verbos cogitare (significa considerar atentamente e meditar, colocar diante de si alguma coisa para considerá-la com atenção ou forçar alguma coisa a ficar diante de nós para ser examinada) e intelligere (significa escolher entre, reunir entre vários, apanhar, aprender, compreender, ler entre, ler dentro de) nos textos filosóficos antigos e modernos. Reunindo os vários sentidos desses verbos, podemos chegar à conclusão de que o pensamento é uma atividade pela qual a consciência ou a inteligência coloca algo diante de si para atentamente considerar, avaliar, pesar, equilibrar, reunir, compreender, escolher, entender e ler por dentro, sendo desta forma possível explicar todos os sentidos existentes nos dicionários de língua portuguesa. O pensamento, portanto, exprime nossa existência como seres racionais e capazes de conhecimento abstrato e intelectual, e manifesta sua própria capacidade para dar a si mesmo leis, normas, regras e princípios para alcançar a verdade de alguma coisa. Quando pensamos, pomos em movimento o que nos vem da percepção, da imaginação, da memória, compreendemos o sentido das palavras, encadeamos e articulamos significações, sendo algumas vindas de nossa experiência sensível, outras de nosso raciocínio e outras formadas pelas relações entre idéias anteriores. Há várias maneiras de se interpretar o pensar, que pode ser visto como preocupação, cisma ou dúvida; pode ser sinônimo de deliberação e de decisão, como algo que resulta numa ação; pode se referir a algo que se pode ou não querer, algo voluntário e deliberado, uma forma de atenção e concentração; pode representar uma determinada idéia que, definindo algum assunto, foi publicamente anunciada; ou pode ainda, conforme mencionado por Descartes na frase “Penso, logo existo”, indicar a própria essência da natureza humana. Podemos inclusive supor que há bons e maus pensamentos. Nos dicionários, são dados vários sentidos às palavras pensar e pensamento. Pensar significa: 1.aplicar a atividade do espírito aos elementos fornecidos pelo conhecimento; formar e combinar idéias; julgar, refletir, raciocinar, especular; 2.exercer a inteligência; meditar, ver; 3.exercer o espírito ou a atividade consciente de uma maneira global:sentir, querer, refletir; 4.ter uma opinião, uma convicção; 5.supor, presumir, crer, admitir, suspeitar, achar; 6.esperar, tencionar; 7.preocupar-se; 8.avaliar; 9.cismar. Pensamento significa: 1.o ato de refletir, meditar ou pensar, ou o processo mental que se concentra em idéias; 2.atividade de conhecimento ou tendo por objeto o conhecimento; 3.consciência, mente, espírito, entendimento, intelecto, razão; 4.poder de formular idéias e conceitos; 5.faculdade de pensar logicamente, raciocínio, ponto de vista, formulação de um juízo; 6.aquilo que é pensado ou o resultado do ato de pensar; idéia, ponto de vista, opinião, juízo; 7.fantasia, sonho, devaneio, lembrança, recordação, cuidado, preocupação, expectativa; 8.conjunto de idéias ou doutrina de um pensador, de uma sociedade, de um grupo, de uma coletividade. Pensar é, portanto, suspender o julgamento até se formar uma idéia ou opinião, comparar os pontos de vista, avaliar, julgando seu valor e se essa idéia é verdadeira ou falsa, justa ou injusta, examiná-las, ponderando os pontos de vista para escolher um deles e equilibrar, encontrando um meio-termo entre extremos ou opiniões opostas.

quinta-feira, setembro 06, 2012

CRITICA SOCIAL

Estamos na era da facilidade, a onde tudo é facíl pois possuimos, um capitalismo axagerado, bens de consumo, são colocados todos os dias a nossa disposissão. A competividade virou uma luta selvagem, pois quem pode mais chora menos, que chore a sua mãe que a minha, são ditados populares mas que estão em nosso cotidiano, o ser humano, se tornou tão competitivo que grandes corporações, simplesmente estão abocanhando pequenas empresas, e o resultado disso, é que muitos tem pouco e a grande parte do dinheiro do planeta, está na mão de poucos. O que fazermos se o modismo tomou conta,o desemprego, em países considerados os top está muito grande, fazer o que se para que as vendas aumentem se faz incentivos exagerados, para o povo comprar mais. As vendas ficam maiores,e não se preocupamos com a natureza pois ela poderá ser totalmente devastada, apenas por interesse econômicos. Rio poluido o problema não é meu, em uma geração que carrega a informação na ponta dos dedos, mas simplesmente sem conciência de que somos todos seres humanos e que dependemos de muitos fatores naturais para sobreviver....Prof José Roberto

segunda-feira, agosto 06, 2012

Fundamentos da Sociologia

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA Não há pretensão, aqui, de esgotar o tema. A função do presente texto não é aprofundar teorias sociológicas ou realizar abordagens academicistas que nos coloquem distantes da realidade em que vivemos. Estudos desse estilo, certamente os encontramos em bibliotecas ou livrarias. Nosso propósito, ao contrário, é suscitar um debate democrático e solidário sobre a realidade, apontando algumas pistas rumo a metodologia que possam provocar mudanças pessoais e coletivas, gerando comunhão e participação, na formação de uma sociedade autônoma, dona de seu destino. Tenho certeza que podemos pensar as coisas pelo menos sob dois enfoques. Ou pensar as coisas da educação, da realidade, do mundo, do ser humano, da cidadania, da vida, do ponto de vista funcionalista-positivista, ou pensá-las dialética-histórica-criticamente. Aqui entra o papel da reflexão os Fundamentos Sociológicos da Educação. Aprofundar essas duas concepções ou teorias em sala de aula é fundamental. Mais: buscar caracterizar como se dão, na prática, estas duas teorias é questão emergencial. Aprofundemos um pouco estas questões. O que significa uma sociedade adestrando seus cidadãos para a assimilação, na prática, do discurso positivista? As coisas estão postas, a educação está posta, é assim que correrá o seu curso. A sociedade está organizada de maneira tal, que tudo o que acontece, acontece de modo funcional. O ser humano vai internacionalizando, introjetando esta concepção de mundo. Dela vai decorrer uma prática submissa, intimidada, de perda de identidade, de perda da historicidade, de moralismo exacerbado e autoritário, repressivo e opressivo. A Escola cumpre o papel de censor, reprimindo, punindo, suprimindo os sonhos e as buscas. Uma abordagem séria sobre nossa realidade nos permitirá perceber que o modelo sócio-político que temos implantado é um modelo fundamentado no “caldo” ideológico do positivismo. Aliás, não é difícil imaginar e entender a razão histórica para tantos regimes de extrema-direita se terem instalado na América Latina contemporânea. Não é acaso a utilização de um aparato repressivo, seja ele jurídico ou militar, como forma de legitimar o modelo que se pretendia impor ao Continente, opondo a “lei da força” à “força da lei”. Já se disse, com muita propriedade, que, em toda a dimensão política, existe a ação pedagógica; que toda a dimensão pedagógica subjaz uma ação política. A ausência de um caráter crítico da organização e da participação, a apatia e o conformismo são sinais claros do modelo que busca impedir o acesso do cidadão à sua plena maturidade política, prática marcada pela liberdade. Penso que temos aqui um grande tema de discussão em sala de aula. Por que não estudar, com nossos educandos, temas como: alienação da juventude, opressão x cidadania no contexto brasileiro e Latino-americano? Por que não aprofundar, com eles, as saídas que os povos vêm encontrando rumo à sua maturidade? Quando trazemos para a sala de aula Movimentos pelos direitos da mulher, da cultura negra, de defesa das nações indígenas, de organização do meio popular, de organização do meio estudantil, estamos apontando para novas saídas, para uma sociedade que quer tomar a história na mão e ter plena consciência da cor do seu destino. Estes estudos podem perfeitamente ser feitos a partir de pesquisas, de painéis, de seminários, de contato concreto com a realidade de cada segmento. Quando a isso nos propomos, estamos fazendo sociologia? Se quisermos uma resposta acadêmica, diria que não. Se buscamos, porém, com nossos alunos, o estabelecimento da relação entre a função da sociologia e da escola como processo de socialização, de formação da cidadania, não temos como deixar de caminhar rumo a esta postura de trabalho. São perguntas significativas, das quais não temos o direito de abdicar: a quem queremos formar? Para quem formamos? Que horizontes descortinamos? Que visão de realidade temos? Que interpretação da sociedade fazemos? Espontaneísta? Crítica? O que buscamos com nosso fazer pedagógico? Na verdade, nossa prática didático-pedagógica, explícita ou implícita, afirma, queiramos ou não, toda nossa concepção de sociedade, de política, de mundo. Na perspectiva de um currículo emancipador, a sociologia da educação torna-se vital para provocar uma discussão científica, que faça uma interpretação competente, sistemática e orgânica da realidade, que possa permitir que as demais disciplinas de um curso de formação de magistério, como as didáticas, possam apontar para saídas de um projeto educacional formador de cidadania. Por isso, a Sociologia da Educação se insere nos Fundamentos da Educação, fundamentos que nos lembram: base, referência, paradigma. Olhando para a prática de todos nós, educadores brasileiros, penso que nos falta, ao fazermos educação, olhar para o homem e olhá-lo num processo de relações afetivas, agindo, interagindo na sociedade. Acredito que somente quando assumirmos, na prática, o específico que nos cabe fazer na transformação da sociedade, seremos partícipes e co-autores da Utopia. Cabe-nos ser competentes didática e pedagogicamente. Esta é a nossa função, esta é a nossa contribuição ao mundo do trabalho, onde também se dá a formação do homem como sujeito de direitos, sujeito de dignidade, construtor da solidariedade. Aqui, apontamos para uma outra dimensão essencial em nossa prática. Magistério, bico ou profissão? Na educação das séries iniciais, onde se encontra parte dos meus alunos, o educador não pode escapar desta discussão. Como falar em Direitos às crianças, como apontar a liberdade e a dignidade como valores de vida, se não estou convencido desta opção na minha própria vida? Se a Escola é lugar onde se fazem e se produzem relações humanas, será nesse local que se gestará a mudança, a vida, a liberdade, na vivência do cotidiano. Caso contrário, haverá de ser um espaço onde começaremos a perpetuação da opressão, da desigualdade, da exploração, da omissão... não existe neutralidade. Ou somos a favor do homem, ou seremos a favor de ideologias, de sistemas opressores que se apropriarão do destino deste homem em nome de leis, tradições, estruturas. Educar o social. Deixar que o social interpele e questione o educando. Educação e cidadania são coisas que convergem. Educar o cidadão para que seja autor de seu destino, para que assuma a sua dimensão histórica, cuidando da vida, da sua, dos outros, de todos, numa dimensão horizontal. Cidadania: dizer não à repressão, dizer não à escravidão, dizer sim à liberdade de expressão, à vivência da solidariedade, à construção comunitária de uma experiência de prática política de autonomia, de reciprocidade, de cooperação e de responsabilidade. Quando promovemos, em sala de aula, um seminário sobre conjuntura nacional, aprofundando questões angustiantes da realidade brasileira, quando somos capazes de analisar suas causas e efeitos, quando somos capazes de discernir saídas, estamos discutindo e aprofundando a compreensão da sociedade, suas relações, a questão do poder, a necessidade da mudança. É impossível discutir cidadania, pensar a realidade globalmente, sem pensar e discutir a realidade da fome, da saúde, das condições de trabalho... Urge que os Fundamentos da Educação estejam comprometidos com uma proposta que coloque a defesa da vida como valor maior da nossa ação pedagógica. É preciso pensar o homem como sujeito de direitos: direito à alimentação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à expressão política, ao salário justo, direito à habitação, à livre expressão, à livre organização, à escolha livre de um credo ou não... Estes são caminhos para a formação da consciência e de uma prática solidária. Na minha experiência pessoal de formação de adolescentes, futuros educadores, tenho tido o cuidado e a insistência de cultivar as chamadas atitudes de fundo, a tão fundamental sensibilidade, a solidariedade, a bondade. Somente quando mergulhamos na ótica de uma educação pelo “mais”, conseguiremos provocar uma atitude que conduza ao inconformismo e à mudança. É preciso oportunizar situações concretas em sala de aula para este tipo de vivência. Nem sempre nos damos conta de que, embora tendo um conteúdo crítico, nossa prática é autoritária e domesticadora. O cultivo destas atitudes de fundo vai se dando na forma de como organizamos o espaço em sala de aula: democrático, gerador de comunhão e participação; e no modo como nos relacionamos no cotidiano com nossos educandos. As estratégias de como decidir cooperativamente os critérios norteadores de avaliação (temida e odiada), a forma de como planejamos o trabalho e o modo de como socializarmos e envolvemos cada aluno são maneiras de respaldar o discurso explícito manifesto numa prática implícita. Certamente não estou dizendo nenhuma novidade. Pelo menos em algum momento já pensamos nisso. A verdade, porém, é que não fazemos isto. E nossos alunos dos cursos de magistério, ao saírem, continuam a repetir as mesmas práticas domesticadoras e bancárias, verticalistas, porque contribuímos também para isto. A Sociologia da Educação deve propiciar a percepção da relação intrínseca entre a prática da liberdade – expressão da libertação – e o projeto sócio-político que a referencia e a norteia. É preciso discutir e aprofundar o mito de que as mudanças sociais dependem da Escola. Hoje, é preciso rever esta posição. Uma sociologia positivista até que ajudaria a sustentar este mito. Não queremos isto. A Escola tem o seu papel no processo de mudança, mas os meios de socialização são os mais variados possíveis

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

CONCEITO DE  SOCIOLOGIA


A sociologia é uma ciência que se dedica ao estudo dos grupos sociais (conjunto de indivíduos que convivem agrupados em diversos tipos de associações). Esta ciência analisa as formas internas de organização, as relações que os sujeitos mantêm entre si e com o sistema, e o grau de coesão existente na estrutura social.
Pode-se dizer que a sociologia existe há muito tempo, já antes que se viesse a desenvolver enquanto ciência ou que cujo objecto de estudo se delimitasse. No século V a.C., Heródoto dedicou-se à realização de completas descrições dos povos e dos seus respectivos costumes. Ibn Jaldún (1332-1406), por sua vez, foi quem deu origem ao termo Ilm el Iytima (a ciência da sociedade ou do social).
Auguste Comte foi quem se encarregou de dar forma ao conceito de sociologia, em 1838, por ocasião da apresentação do seu Curso de Filosofia Positiva. A sociologia viria a consolidar-se como uma ciência autónoma recente em meados do século XIX. O século XX já ia bem avançado quando se começou a diferenciar diferentes escolas e correntes dominantes.
A sociologia pode ser estudada a partir de diferentes métodos: o qualitativo, que inclui descrições detalhadas de situações, comportamentos e pessoas, e que também pode incluir o relato dos participantes, contado na primeira pessoa; e o método quantitativo, que é encarregue das características e variáveis podendo ser representadas por valores numéricos e que permitem procurar possíveis relações através da análise estatística.
No que diz respeito aos principais paradigmas sociológicos, destacaremos o funcionalismo (segundo o qual as instituições sociais são meios desenvolvidos colectivamente para satisfazer necessidades da sociedade), o marxismo (a teoria do conflito), o interaccionismo simbólico (em que se destaca o carácter simbólico da acção social), o estruturalismo e a teoria de sistemas.
CONCEITO DE   FILOSOFIA



O termo “filosofia” vem da soma de dois radicais gregos, o “filo” que significa amigo ou amante, aquele que deseja e se compromete afetuosamente e incondicionalmente a outro tanto no ato de amar quanto à lealdade, e a palavra “sofia”, significa sabedoria. Para os gregos a sabedoria era algo divino, que era revelado aos mortais pelos deuses. A sabedoria não era adquirida por mérito, mas por dádiva dos deuses.
Partindo do significado das palavras, alguns filósofos, acreditam que a filosofia é constituída por três conceitos:
- Razão: O Filósofo é a razão em movimento na busca de si mesma;
- Paixão: O Filósofo antes de tudo é um amante da sabedoria. Toda atitude humana, inicialmente é passional. O que move o mundo não é a razão, mas a paixão;
- Mito: O Filósofo é um mítico em busca da verdade velada. Só pensamos naquilo que cremos, e só cremos naquilo que queremos;
Historicamente, o primeiro pensador grego a usar a palavra filosofia foi Pitágoras de Samos no Século VIII ac. Um fato interessante é que a ciência surgiu a partir da filosofia, pois o homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das idéias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade.
De fato, não há um consenso entre os filósofos sobre o conceito da filosofia, alguns acreditam que ela busca o significado para questões que o homem carrega com ele e busca entender o seu comportamento perante algumas situações.



Estive por  algum tempo  fora  de casa mas  .voltei